A instituição
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais
CEFET-MG Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais |
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Lema | Rumo à transformação em Universidade Tecnológica |
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Fundação | 8 de setembro de 1910(100 anos) |
Tipo de instituição | Pública Federal |
Orçamento anual | R$ 172.885.569,09(2009) |
Docentes | 1009(2009) |
Total de estudantes | 13623(2009) |
Ensino Médio integrado ao Técnico | 7213(2009) |
Graduação | 5300(2009) |
Pós-graduação | 970(2009) |
Diretor(a) | Márcio Silva Basílio |
Vice-diretor(a) | Irlen Gonçalves |
Estado | Minas Gerais |
Página oficial | https://www.cefetmg.br |
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Instituições de ensino superior do Brasil ![]() |
O Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET - MG) é uma autarquia federal brasileira, vinculada ao Ministério da Educação, que oferece cursos de ensino médio, ensino técnico, graduação, pós-graduação stricto sensu e lato sensu, contemplando também, de forma indissociada, o ensino, a pesquisa e a extensão, na área tecnológica e no âmbito da pesquisa aplicada.
Os campi I, II e VI localizam-se na Avenida Amazonas, em Belo Horizonte. Os outros campi (ou Unidades de Ensino Descentralizadas - UNEDs) localizam-se no interior do estado de Minas Gerais, nas cidades de Leopoldina, Araxá, Divinópolis, Varginha, Timóteo, Nepomuceno, Curvelo e Contagem.
Apóia também dois centros de ensino técnico (CET), que são mantidos pelas prefeituras de Itabirito e Contagem.
Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), em 2008 a Unidade do CEFET-MG em Belo Horizonte obteve média de 70,46 e entrou na lista das 20 melhores escolas públicas do Brasil, em 20º lugar. Em 2009, segundo o INEP, Campus do CEFET-MG em Belo Horizonte está entre as quatro melhores escolas públicas em Minas Gerais, no ranking de avaliação do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) 2009. Na classificação geral por estado, quando são comparadas com as notas obtidas pelos alunos da rede particular e pública, o Campus em Belo Horizonte aparece em 15º lugar. O ranking das 20 melhores escolas públicas de Minas (2009) traz ainda o Campus Divinópolis (8º), Leopoldina (12º), e Araxá (EMR: 16º e EJA: 17º).
Em 2011, ocupou o segundo e terceiro lugar do ranking nacional de instituições de ensino superior entre as 10 mais concorridas do Brasil no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), sendo que, neste mesmo ano o Sisu apresentou 2.020 milhões de inscrições.
História

Em 23 de setembro de 1909, o Presidente Nilo Peçanha, através do Decreto nº 7.566, criava a Escola de Aprendizes Artífices de Minas Gerais, hoje Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG).
Instalada na av. Afonso Pena, em Belo Horizonte, onde funciona atualmente o Conservatório de Música da UFMG, a Escola oferecia ensino primário profissionalizante para crianças carentes de 12 a 16 anos.
Naquela época, Belo Horizonte ainda não apresentava demanda para a área industrial e, por isso, os alunos eram formados para o artesanato manufatureiro. Havia cursos de serralheria, sapataria, ourivesaria, marcenaria e carpintaria.
Somente em 1942, com a industrialização, é que a escola se tornou técnica, primeiro com o nome de Escola Técnica de Belo Horizonte e, em 1959, com a denominação de Escola Técnica Federal de Minas Gerais. Em 30 de junho de 1978, a instituição se transformou em CEFET-MG, a partir da aprovação de uma lei pelo Congresso Nacional.
Essa mudança representou um grande avanço institucional, uma vez que ampliou as possibilidades de oferta de educação tecnológica em nível superior, incluindo graduação, pós-graduação lato sensu e licenciatura, além dos cursos técnicos, de educação continuada e das atividades de pesquisa.
Em 2011 tomou posse o diretor-geral Márcio Silva Basílio, com campanha de conduzir o Centro à transformação em Universidade Tecnológica Federal[19][20]
Escola de Aprendizes Artífices de Minas Gerais
A Escola de Aprendizes Artífices de Minas Gerais (EAA-MG) foi criada em 23 se setembro de 1909.
O arquivo morto do CEFET-MG, relacionado com o EAA-MG, limita-se apenas a um livro de ata com o resultado das avaliações realizadas em todas as turmas no final dos anos de 1928 a 1939 e livros sobre treinamento dos alunos da EAA-MG em ações militares conhecidos como tiro de guerra.
Em 1914, o jornal A Tarde faz uma denúncia contra o diretor Sr. Antônio Augusto Ferreira Leal. Segundo a publicação, quase todo o corpo docente da EAA-MG era substituído por amigos do Sr. diretor, o que acabou por chamar a atenção do ministro para o devido fato.
Entre os trabalhos produzidos nas oficinas da EAA-MG, podemos destacar os seguintes: mesas, armários diversos, porta-vasos, estantes, aparelho para o ensino de leitura, jóias de ouro e prata, mezaninos, pás e enxadinhas para jardinagem, caixa para depósito de água, jogo de ferramenta para moldador, além de muitos outros objetos.
Escola Técnica Federal de Minas Gerais
Em 1942, com o início da industrialização de Belo Horizonte e das cidades da Região Metropolitana, é que a escola se tornou técnica, primeiro com o nome de Escola Técnica de Belo Horizonte e, em 1959, com a denominação de Escola Técnica Federal de Minas Gerais.
Segundo pesquisas, os professores de Educação Física da Escola Técnica Federal de Minas Gerais elegiam a aptidão física e o esporte como referenciais importantes na organização dos planejamentos pedagógicos. Havia forte caráter disciplinar na área e ainda a presença de normas e valores das instituições esportiva e militar no ambito escolar.
Programa de Alimentação
O Programa de Alimentação é um dos primeiros programas sociais da Instituição. Iniciado na década de 80, através de bolsas aos estudantes, custeada em 70% pelo CEFET. Nesta ocasião a ASCEFET administrava a cantina, atendendo os alunos bolsistas.

Em 1984, o CEFET, através da SAE (Seção de Assistência ao Estudante) passa a administrar o Programa de Alimentação. O Governo Federal através do PEAE (Programa Estadual de Alimentação Escolar) envia alguns gêneros. Os estudantes participam ativamente, doando utensílios, trabalhando na produção das refeições e no cultivo de uma horta comunitária no campus II. E já no próximo ano ocorre a reforma das instalações físicas, adequação nos cardápios, ampliação do atendimento de 120 para 200 refeições diárias (em 1987 esse número seria aumentado para 300 refeições diárias).

Com as mudanças na política governamental da década de 90, ocasionou-se:
- Redução de verbas institucionais, extinção da FAE, fim da remessa de gêneros pelo PEAE; fim do recolhimento da taxa de matrícula dos estudantes pelo CEFET-MG, passando a ser arrecadada pela Caixa Escolar, alterando o programa em sua estrutura;
- Financiamento integral pelos estudantes e pela Caixa Escolar do CEFET-MG.
- Por muito tempo, estudantes não selecionados para o programa traziam marmitas, acondicionadas em um aquecedor de marmitas, dentro do restaurante.
Em meados de 1995 há novos investimentos em equipamentos e pessoal. Ampliação para 300 refeições/turno. Os profissionais da assistência estudantil passam a ter a sua ação restrita à seleção e acompanhamento dos estudantes, ficando a administração do programa sob a responsabilidade da Caixa Escolar.
Já em 2002,no campus II, até esta data, ocorre o fornecimento de bolsas emergenciais aos estudantes em risco de evasão, para cobrir gastos com alimentação.
Em 2004 há nova reestruturação do Programa: extinção da Caixa Escolar, conforme determinação do Tribunal de Contas da União; retorno da administração do programa para o CEFET-MG/SAE; convênio com a Fundação CEFETMINAS para a execução; reforma do restaurante I e contratação de pessoal, possibilitando uma ampliação de 400 para 650 refeições/dia.
Nos anos seguintes ocorre a ampliação gradativa do atendimento e a contratação, por meio de concurso público, de nutricionistas e administradores para os restaurantes dos campi I e II e ampliação do quadro de pessoal.
Recentemente, em 2009 aconteceu a inauguração do restaurante do CEFET-MG no campus II, universalizando o atendimento aos estudantes e estendendo à participação dos servidores, e 2010 é o ano da inauguração das novas instalações do restaurante do campus I, com capacidade para 2.000 refeições/dia, com universalização do atendimento aos estudantes estendendo à participação dos servidores.
Painel "Ceia" da Sala de Convivência dos Professores
O painel foi pintado em 1958, ano da inauguração do Campus I, pelo artista João Guimarães Vieira, o Guima. A obra foi doada pelo Conselho Nacional do Serviço Social da Indústria, que era presidido pelo mineiro Pedro Paulo Penido. Em ofício do dia 3 de março do ano citado, o então Diretor da Escola Técnica de Minas Gerais, Prof. Abelardo de Oliveira Cardoso, comunicou ao dirigente o término da pintura e agradeceu pela doação.
Devido ao passar dos anos, a imagem com o passar do tempo foi tornando-se bem deteriorada, apesar de algumas restaurações terem sido realizadas durante seus 52 anos de vida.
Em 2010, ocorre uma nova restauração do painel “Ceia”. Foi dado ao painel a originalidade dos tons e das cores, para ressaltar o delineamento utilizado pelo artista, não foram utilizados instrumentos como régua. Os traços do autor são todos feitos a mão, com pincel.
Instalado na Sala de Convivência dos Professores do Campus I do CEFET-MG, o painel tem grande valor afetivo para a instituição. A Sala de Convivência é um espaço de congraçamento entre os professores e isto reflete o espírito da obra.
Pesquisa e Pós-graduação no CEFET-MG

A pós-graduação do CEFET-MG teve início na década de 1980, por meio do Programa de Capacitação dos docentes do Ensino Técnico-PCDET, em convênio com a CAPES, quando foram ofertados cursos de especialização interdisciplinares para docentes de Escolas Técnicas e Agrotécnicas Federais de todo o país. As atividades de pesquisa e pós-graduação no CEFET-MG foram iniciadas no final da década de 80, com a criação da Assessoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão (AEPEX) e aprovação pela CAPES do primeiro Curso de Mestrado, instituído a partir de um convênio com a Loughborough University, Inglaterra.
Em 1988, teve início, em caráter experimental, um curso de mestrado, iniciado efetivamente a partir de 1991, o curso de Mestrado em Tecnologia. Este passou a dispor de infra-estrutura e corpo docente próprios, sendo criada a área de concentração em Educação Tecnológica e, posteriormente, a área de Manufatura Integrada por Computador. Àquela época, diversos programas de especialização para capacitação de docentes de todo país, financiados pela CAPES, foram oferecidos pelo CEFET-MG, alguns na área de Engenharia Civil, como Geotecnia Aplicada, Materiais de Construção e Metodologia de Projetos.
Houve diversos avanços como a melhoria da qualificação docente, da infra-estrutura de laboratórios e da rede computacional, o que resultou na implantação do Curso de Engenharia de Produção Civil, em 1997, e na criação do Departamento de Engenharia Civil (DEC), permitindo o desenvolvimento de projetos e a formação de grupos de pesquisa.
A partir de então, novos cursos foram aprovados: Engenharia Civil, em 2006; Engenharia da Energia, em 2007; Engenharia Elétrica e Estudos de Linguagens, em 2008; Engenharia de Materiais, em 2009.
Unidades

- Campus
- Campus I - Belo Horizonte (sede)
- Campus II - Belo Horizonte
- Campus III - Leopoldina
- Campus IV - Araxá
- Campus V - Divinópolis
- Campus VI - Belo Horizonte
- Campus VII - Timóteo
- Campus VIII - Varginha
- Campus IX - Nepomuceno
- Campus X - Curvelo[23]
- Campus XI - Contagem[24]
- Centros de Educação Tecnológica
- CET - Itabirito
- CET - Vespasiano
- FUNEC- Fundação de Ensino de Contagem
Diretoria de Pesquisa e Pós-Graduação
A Diretoria de Pesquisa e Pós-Graduação (DPPG) se ocupa da proposição, implementação e acompanhamento dos cursos de pós-graduação stricto e lato sensu, bem como da política de incentivos e de acompanhamento da pesquisa realizada na Instituição.
A DPPG conta em sua estrutura organizacional, com quatro coordenações gerais:
- Coordenação do Programa de Pós-Graduação Lato Sensu
- Coordenação de Programas de Fomento à Pesquisa e Pós-Graduação
- Coordenação de Divulgação Científica e Tecnológica
- Coordenação de Inovação Tecnológica e Propriedade Intelectual
O CEFET-MG tem sete cursos de mestrado recomendados pela Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e quatorze de especialização. A Instituição conta com quarenta grupos de pesquisa no âmbito dos quais convivem professsores-pesquisadores e alunos dos níveis médio, graduação e pós-graduação e cuja produção tem sido divulgada e publicada em eventos técnicos e científicos nacionais e no exterior.